Em noroeste de Minas Gerais fica localizado o município de Unaí. Com a economia fortemente apoiada na agricultura e pecuária, essa linda cidade com diversas grutas e cachoeiras também é o lar da empresa Agropaulista. Um dos fundadores da ADICER, o Sr. Neivaldo Cappellesso, contou um pouco sobre a empresa, que já tem mais de 30 anos de história.

Apesar de ser sediada em Brasília, o Sr. Neivaldo foi designado para a filial de Unaí em 1996. E, desde então, a empresa não parou de evoluir quando o assunto é tecnologia e desenvolvimento. A Agropaulista trabalha sempre com o objetivo de trazer novas tecnologias para o agricultor e caminhar lado a lado com o produtor e, por estar sempre à frente trazendo novidades para a agricultura, a empresa vem se solidificando no mercado cada dia mais.

Desafios do segmento

Para o Sr. Neivaldo, não existe mercado mais fácil. “Todos são desafiadores, principalmente na época em que vivemos”. Segundo ele, existiam vários dogmas no ramo da distribuição. Antes, a distribuição era a única opção do produtor. Agora, com os novos modelos de acesso ao mercado, com multinacionais, cooperativas e diversas opções de compras, o espaço dos distribuidores foi se estreitando.

“A distribuição passa por um momento muito crucial, onde vai ser um divisor de águas. Quem consegue ficar e continuar estável no mercado e quem terá que sair porque teve muitas mudanças.”

Surgimento da ADICER 

A parceria com a ADICER surgiu em um momento difícil para a economia. Na época, houve uma crise no mercado do agronegócio (liberação do dólar fixo para o dólar oscilante) e a situação estava complicada para todos. Era necessário fazer alguma coisa. E conversando com os outros fundadores que o Sr. Neivaldo já tinha um bom relacionamento, nasceu a ADICER, que possibilitou que todos trabalhassem juntos e que houvesse uma negociação com os fornecedores e produtores naquele momento de crise.

Hoje, a ADICER-Associação dos Distribuidores de Insumos Agrícolas do Cerrado, se tornou uma instituição importantíssima para o agronegócio. Além de auxiliar as revendas de insumos, ela orienta em todos os quesitos: desde embalagens vazias, descarte e reciclagem das mesmas, legislação vigente e representatividade junto aos demais órgãos. Ela representa atualmente mais 60 associados distribuidores, que somadas às suas filiais corresponde a um universo de mais de 100 estabelecimentos, todos devidamente registrados e certificados.

Mudanças no cenário

Sabemos que as mudanças nesse mercado são rápidas, coisa de 2 a 3 anos. Por isso, ao pensar nessas mudanças em curto prazo, o Sr. Neivaldo explicou que ainda há uma consideração muito grande da revenda por aquisições profundas, citando até fusões de revenda. Segundo ele, o mercado vai se tornar muito grande de distribuidores, mas vão continuar existindo os distribuidores locais, que já tem habilidade e experiência naquele local.

“Esse mercado é um mercado [de] muitos negócios locais,… as empresas se tornaram grandes grupos devido às particularidades das regiões.”

Assim, o Sr. Neivaldo acredita que o distribuidor regional/local ainda terá força. Afinal, é necessário habilidade e conhecimento total para trabalhar em cada região específica. Além disso, segundo o Sr. Neivaldo, os pequenos conseguem manter um relacionamento personalizado com o produtor que, talvez, uma grande empresa não consiga aprofundar em detalhes e atender demandas específicas que possam surgir.